sexta-feira, 29 de junho de 2012

Tudo isso e muito mais

Tudo isso e muito mais
(Zumbira)

Pra que falar,
Se eu falo mais calado?
Se o meu jeito descuidado
Deixa óbvio quem sou?

Como dizer
Que te amo sem abraço?
Que o meu coração de aço
Endurece sem amor?

Olhos não têm voz, mas nos entregam.
Olhos não falam, mas revelam.
Mas só se entendem com outros olhos
E como entender tantos sinais?
Ouvidos se iludem com promessas
Mas todos os sentidos são canais
Os corpos se entendem com outros corpos
Mas é preciso tudo isso e muito mais

Pra que mostrar
Se é melhor ser descoberto
Por alguém interessado
Pelo que tenho por dentro

Como entender
O que deve ser sentido?
Lido, ouvido ou escrito.
Compreendido 100%?

Tantos sentidos pra chegar no sentimento
Tantos caminhos, desvios e sensações
E às vezes nada disso gera entendimento
E então se perde a paz
Mas existem também os reencontros
É disso que são feitos os caminhos
E para caminhar me sinto pronto
Mas é preciso tudo isso e muito mais...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Soneto do Amor Fácil


Tem gente que ama fácil
Que pra tudo diz que ama
Basta um gesto de carinho
E a pessoa se derrama

Mas quem ama fácil assim
Também desama ligeiro
Como passarinho arisco
Troca logo de puleiro

E amando tudo e todos
A mando do coração
Nunca fica satisfeito

Necessita de emoção
Diz que ama com amor
Mas confunde com paixão

Ame em Silêncio


Quem anuncia o que sente
Não sabe que de repente
Nem sente aquilo que sabe
E nem sabe aquilo que sente

Um sentimento dormente
Um medo que tudo acabe
Que o castelo desabe
E não seja para sempre

Melhor que seja discreto
Em silêncio e sem alarde
Em algum local secreto

Que nem GPS ache
Pra ninguém ficar sabendo
E antes que seja tarde

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O Amor e a Matemática

O Amor e a Matemática
(Zumbira)

Não Tente me decifrar
Ou esclarecer cada mistério meu
Ninguém resiste a uma investigação profunda
Muito menos eu

E não queira me dizer
Como agir, pensar ou fazer
Sou vaidoso demais para aceitar conselhos críticos
E lhe atender

O amor é soma, é multiplicação.
É matemática pura, o xis da questão.
Não há noves fora, pode ser agora ou a qualquer hora
E ninguém resolve essa equação
Pois não envolve números
Apenas os códigos do coração

Não queira me julgar
Pelos erros que eu tenha cometido
Erros são tentativas de acerto
Sem eles eu não teria aprendido

Apenas me ame, me beije, me abrace.
Escreva alguns versos, cante uma canção.
Atitudes de carinho me convencem mais
Que qualquer argumento da razão

O amor é soma, é multiplicação.
É matemática pura, o xis da questão.
Não há noves fora, pode ser agora ou a qualquer hora
E ninguém resolve essa equação
Pois não envolve números
Apenas os códigos do coração

Tenho dores e fraquezas, medos e incertezas
E eu ainda nem bem comecei a viagem.
Começo a entender como funciona a correnteza
Humildade, fé, persistência e coragem.

O amor é mesmo uma integração de dados
Por isso então me envolva todo em seus braços
Uma coisa só, nunca mais separados.
Só assim deixamos de ser dois pedaços







terça-feira, 12 de junho de 2012

Mais Uma vez

Mais Uma vez
(Zumbira)

Transbordou
Tudo aquilo que um dia você quis guardar
Esquecer num lado escuro de seu coração
Resolveu pular de dentro para fora
Resolveu dar ar de sua graça agora

Então chora
Deixa as lágrimas rolarem sem conter
Com certeza, diferente, tudo poderia ser
Como diz toda e qualquer canção de amor
Mesmo que siga para o destino que for

Mas acontece que nem sempre acontece
Com simetria, harmonia ou perfeição
Mesmo juntos, cada um é universo
E tão diversos muitas vezes se separam

E agora
Onde está a paz que vem da experiência?
Onde está a definitiva prova da ciência?
Onde esta a certeza que traz calma e paz
Se basta lembrar e um turbilhão se faz?

Chorou
Lamentou, espraguejou e ainda está de pé?
Enxugue as lágrimas e siga em frente
Se não se pode garantir uma melhora
Com certeza será tudo pelo menos diferente

E se acontecer como sempre acontece
Sem sentido, sem aviso, como insensatez
Juntemos em um só os nossos universos
E sonhemos com o sem fim mais uma vez