quarta-feira, 6 de outubro de 2010

E quem será a Lua?

Às vezes o amor em relação a nós é como o sol em relação a terra
Iluminando intensamente um lado e deixando o outra e total treva
Enquanto isso o tempo vai passando e tudo como sempre vai mudando
E de repente onde era treva se faz luz como quando nasce o dia
E onde havia luz e calor, se estabelece a noite intensa e fria
Então como a terra só nos resta girar em volta
Pois como o sol o amor é para todos, nós é que as vezes damos as costas...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Conduta

Apresentar argumentos inteligentes
Defender o próprio ponto de vista
Ter coragem para assumir um erro
E humildade para aprender com ele
E calar se não tem nada a dizer

Conduta que ninguém possui
Mas que todos devíamos possuir
Pois ninguém é melhor do que ninguém
E nem pior também

Elogiar com justiça e coração
Ajudar sempre que possível
Esperar exercitando a paciência
Levantar depois de uma queda
Caminhar sempre em frente

Conduta que ninguém possui
Mas que todos devíamos possuir
Pois ninguém é melhor do que ninguém
E nem pior também

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nunca suficiente

Se lhe dou um dedo
Você pede o braço
Se lhe dou um braço
Você pede dois
Então lhe dou logo um abraço
E você pede o que vem depois

Se lhe dou abraço
Você pede um beijo
Se lhe dou um beijo
Você pede mais
E eu lhe dou porque também eu quero
Esse carinho que tão bem me faz

Se lhe dou carinho
Dou de coração
Ver você sorrindo
É como uma canção
Mas meu corpo também lhe interessa
E o seu corpo é minha perdição

E se lhe dou
Meu corpo e minha alma
No mínimo o mesmo
Como recompensa

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Amargo

(Zumbira)

Amargo é o não, dito com certeza
A falta completa de delicadeza
Amargo é o desejo sem reciprocidade
Quando esquecer é uma necessidade

E quem conhecerá o doce sem o amargo?
E quem me ajudará a carregar esse fardo
Amargo e ter que pedir por resignação
Quando no fundo me devora a indignação

Amargo é o tempo que anda sem parar
Independente de quem está a chorar
E passa sem que nada se possa fazer
E depois que passa, nada mais a dizer

Amargo é o vazio que queria estar cheio
Amargo é o amor que morreu por receio
Amargo é querer sorrir e não ter motivos
Amargo é querer morrer estando vivo

E quem conhecerá o doce sem o amargo?
E quem me ajudará a carregar esse fardo?
Amargo é amar e não ser amado
Amargo é ter chance e chegar atrasado

Amargo é o chocolate que acompanha o vinho
Amargo é passar tanto tempo sozinho
Amargo é o remédio que trará a cura
E depois de tanto amargo que venha a doçura

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Desenferrujar

Há algum tempo eu queria escrever
Desenferrujar sentimentos com versos
Ignorando as rimas e a métrica
Descobrindo arte em pedra bruta
Não tenho pretensão, mas tenho pressa
A vida é muito curta, quase nada
E só o amor bem cuidado resiste ao tempo
Que passa igual e é sempre relativo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Megaversos

No fundo da alma, uma vontade dorme cansada de esperar por quem não vem.
A mente pede calma ao coração que já cansado desanima de bater vazio
Não haverá no mundo alma digna de receber a minha em total dedicação e amor?
Ou serei eu o limite da exigência, amiga íntima da solidão e sempre triste?
O sentimento não pode esperar nada em troca, e se desenvolve com o desprendimento
Do interesse pessoal, da coisa material, da sensação superficial, banal
È preciso essência, profundidade, para que as coisas não desapareçam com o tempo

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Assim, assado

(Zumbira)

Tudo isso dentro
De uma coisa só

Uma parte que luta
Outra parte que espera

Uma parte que acerta
Outra parte que erra

Uma parte com calma
Outra parte com raiva

Uma parte que pensa
Outra parte que sente

Uma parte que duvida
Outra que acredita

A que se entusiasma
E a que desanima

Tudo isso dentro
De uma coisa só

Uma parte que chora
Uma parte que ri

Uma parte inteira
Outra apenas parte

Uma parte boa
Outra parte ruim

Uma parte coroa
Outra parte cara

Uma parte anda
Outra parte para

Uma coisa assim
Outra coisa assado

Tudo isso dentro
De uma coisa só

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Por Agora

(Zumbira)

Já andei perdido ao seu lado
E agora me encontrei sozinho
Já acertei e também já fiz errado
E não estamos nem no meio do caminho

Por agora decidi não sofrer
O sorriso atrai melhores fluídos
E quem sabe a gente possa ver
As coisas pelo bom sentido

O amor não pode ser competição
Jogo onde vence quem tem mais razão
É preciso equilibrar com a emoção
Sentimento é a linguagem do coração

Já olhei para trás preocupado
E agora só me resta olhar pra frente
Quem sabe eu possa até estar acompanhado
Quem determina os destinos da gente?

Por agora eu quero paz e ser feliz
E nisso de ninguém sou diferente
Com esperança e humildade de aprendiz
Amando sempre intensamente

O amor não pode ser competição
Jogo onde vence quem tem mais razão
É preciso equilibrar com a emoção
Sentimento é a linguagem do coração

Dúvida Concreta

(Zumbira)

Como fazer o que precisa ser feito...
Como saber o que precisa ser feito?
Como um prazer tudo precisa ser feito.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Quantas lágrimas?

(Zumbira)

Por que o mundo tem que ser tão desigual?
Poucos voltados pro bem, tantos voltados pro mal
Como encontrar o equilíbrio e alguma paz?
Se para muitos, guerra ou paz, tanto faz.

Por que às vezes nós que somos tão humanos
Trocamos os pés pelas mãos e erramos
E então todo o amor é deixado de lado
Por um orgulho ferido, um coração desconsolado.

Quantas lágrimas teremos que enxugar
Para que os sorrisos venham pra ficar?
Quantas misérias teremos que abandonar
Para que nosso sentimento possa se elevar?

E pelo mundo as coisas vão acontecendo
E a gente na batalha, diária, se defendendo
Porque não nos abraçamos em vez de agredir?
Por que não ser verdadeiro ao invés de mentir?

Não podemos esquecer que o amor é aceitar
Se colocar no lugar e ajudar a caminhar
Pois é isso que sempre desejamos receber
Pensamos no plantar e a seu tempo no colher

Quantas lágrimas teremos que enxugar
Para que os sorrisos venham pra ficar?
Quantas misérias teremos que abandonar
Para que nosso sentimento possa se elevar?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Um amor In

Um amor inviolável
Indefinível, indecifrável
Imenso, incomensurável
Infinito e incansável
Intenso e inflamável
Ininterrupto e inadiável

Um amor inocente
Insinuante e indecente
Insano e inconseqüente
Inquieto e incandescente
Imprevisível e que se reinvente
E assim seja indefinidamente

Indestrutível, inesquecível,
Imenso e incompreensível,
Difícil, nunca impossível.
Infinito e indefinível
Uma força inconcebível
Indispensável e insubstituível

segunda-feira, 1 de março de 2010

Chega de quase ser feliz

Chega de quase ser feliz
Sem mais sorrisos por um triz
Chegou a hora da alegria durar
Que a felicidade venha pra ficar

Sem mais se preocupar com o fim
Chega de nãos, é preciso dizer sim
Falar bem alto sem medo ou hesitação
Que o que é bom deve ter longa duração

Como o amor de verdade que não acaba
Ou a amizade que independe de palavras
É preciso ser completo, estar inteiro
Ou pelo menos totalmente verdadeiro

Chega de quase ser feliz
Sem mais sorrisos por um triz
Chegou a hora da alegria durar
Que a felicidade venha pra ficar

Sem mais limites, medos ou receios
Sem mais julgamentos sem freios
Sem mais acreditar com um pé atrás
Sem esconder a opinião num tanto faz

É tão triste chegar assim tão perto
E desistir, pior ainda por certo
E se o final chegar, que seja sem tropeços
Para que nada reste além do recomeço

Chega de quase ser feliz
Sem mais sorrisos por um triz
Chegou a hora da alegria durar
Que a felicidade venha pra ficar

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Nada Mais Importa (Zumbira)

Nada mais importa
Nem a faca cega
Nem o fio que corta
Nem o frio silêncio
Nem duras palavras
E tudo que passou
É passado e não volta
Fica como ensino
Sinal
Cicatriz

E se por um lado
Nada mais importa
Abre-se uma porta
Às possibilidades

Nada mais importa
Que se tenha feito
Que se tenha dito
Ou sequer pensado
A vida continua
A minha e a sua
E que a felicidade
Volte a acontecer
Em nossas idas
E vindas

E se por um lado
Nada mais importa
Abre-se uma porta
Às possibilidades

Possibilidades de entendimento
Colheita do amor que é preciso plantar
Amor presente em fatos, atitudes
Nos gestos e palavras, tudo ao mesmo tempo.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O momento é Já

O momento é já
A hora é agora
Chega de esperar
Chega de demora

Chegar e partir
Se movimentar
Combater a inércia
Não se acomodar
Mudar é preciso
Mudar pra melhor
Andar é preciso
Com sangue e suor

O momento é já
A hora é agora
Chega de esperar
Chega de demora

Ninguém sabe quando
A hora vai chegar
Não espere a hora
De se transformar
Faça o seu agora
O momento é já
Não espere a hora
È preciso mudar

O momento é já
A hora é agora
Chega de esperar
Chega de demora