sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Amor – A Ponte

Existe um rio entre a tristeza e a alegria
Um rio profundo difícil de atravessar
Esse rio é cada dia dessa vida
Cada encontro e despedida
Cada chance de acertar...

Da margem eu vejo a beleza
Que do outro lado está a me chamar
Mas é preciso enfrentar a correnteza
Para acabar com a incerteza
Pois é lá que eu quero estar, do outro lado

Uma ponte às vezes surge para ajudar
E não se sabe quanto tempo vai durar
Essa ponte torna bela a travessia
Faz do simples, poesia
É o amor e nada mais.

E aonde foi parar?
Que não quer se mostrar
Sempre se esconde
Ninguém nunca sabe onde
Até a hora de encontrar...
E onde está?
Que toda a vez que acalma
Troca de lugar

Mas as pontes também podem desabar
Quase sempre por não ter manutenção
E de novo é preciso nadar, nadar
Para poder chegar a salvo
Do outro lado

E alguns pesos é preciso abandonar
Sentimentos que pra dor só querem nos levar
Para poder no fim chegar a salvo
Do contrário o outro lado
Fica assim longe demais

Uma ponte às vezes surge para ajudar
E não se sabe quanto tempo vai durar
Essa ponte torna bela a travessia
Faz do simples, poesia
É o amor e nada mais.

Peregrino

Peregrino

(Zumbira)

Vou me jogar nos braços da noite
Me perder na neblina da ausência
Para tentar afogar a conseqüência
Do amor que deixamos de plantar

Tentar esquecer tudo o que poderia
Em garrafas cheias de qualquer bebida
Jogar o ardente álcool na ferida
Para ver se higieniza e cicatriza

Encher o saco de um bom velho amigo
Andar pela noite como um peregrino
De bar em bar enganando o destino
Até o alvorecer trazer-me o sono

Pois de sonhar ninguém é proibido
E durante o sono cansado e inevitável
Quem sabe o amor volte a ser realizável
E nos braços da noite eu receba algum carinho

Tantos

Tantos

(Zumbira)

Tantos caminhos, sempre tortuosos

Tantos motivos, velhos e outros novos

Quero experimentar, não ter de decidir

E me deixar levar, aonde o vento ir

Só pra variar...

Tantas palavras, muito pouco a dizer

Tantas lembranças, tanta coisa pra esquecer

Diversas opções, também decepções

Buscando o equilíbrio necessário pra seguir

Pois os sonhos não esperam

Não penso em desistir

Forte ou fracos, todos erram

É preciso prosseguir

A lágrima vem pra ensinar a sorrir

Tantas idéias, tanta imaginação

Tantos conflitos, tanta reconciliação

A vida é um filme, os dias são as cenas

Tudo vale a pena, e só nos cabe dirigir

O melhor que puder...

Tanto silêncio, tantas interrogações

Tantas histórias, conflitos e resoluções

Não quero mais chorar, não penso em desistir

Estar vivo é tentar, e assim vou construir

Pois os sonhos não esperam

Não penso em desistir

Forte ou fracos, todos erram

É preciso prosseguir

A lágrima vem pra ensinar a sorrir