sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Peregrino

Peregrino

(Zumbira)

Vou me jogar nos braços da noite
Me perder na neblina da ausência
Para tentar afogar a conseqüência
Do amor que deixamos de plantar

Tentar esquecer tudo o que poderia
Em garrafas cheias de qualquer bebida
Jogar o ardente álcool na ferida
Para ver se higieniza e cicatriza

Encher o saco de um bom velho amigo
Andar pela noite como um peregrino
De bar em bar enganando o destino
Até o alvorecer trazer-me o sono

Pois de sonhar ninguém é proibido
E durante o sono cansado e inevitável
Quem sabe o amor volte a ser realizável
E nos braços da noite eu receba algum carinho

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